Crianças e os seus respetivos cuidadores (pai, mãe, avós, tios, primos, irmãos…) puderam usufruir gratuitamente dos GABC, em 5 distritos do país – Porto, Aveiro, Coimbra, Lisboa e Setúbal. Em cada distrito funcionaram um máximo de 10 grupos, compostos cada um deles por um máximo de 10 crianças e 10 adultos.
Cada grupo foi dinamizado por dois monitores, sempre que possível oriundos ou conhecedores das comunidades locais onde funcionaram estes Grupos. Todos os monitores receberam formação antes e durante o período de funcionamento dos GABC. O trabalho desenvolvido pelos monitores foi supervisionado por uma educadora de infância, responsável por todos os Grupos do seu distrito.
Os Grupos funcionaram em locais muito diversos, tais como, juntas de freguesia, escolas, centros de saúde, bibliotecas, centros comunitários, em espaços tanto públicos como privados, em sessões bissemanais, cada uma delas com a duração máxima de 2 horas.
As entidades locais foram parceiras privilegiadas no desenvolvimento deste projeto, pelo reconhecido trabalho que já desenvolvem no terreno e pelo conhecimento que possuem das necessidades das comunidades em causa. Estas entidades assumiram um papel fundamental na divulgação deste novo serviço, na identificação e recrutamento de famílias e suas crianças, na partilha de recursos, nomeadamente, espaços, materiais e equipamentos para o desenvolvimento das atividades, na mediação entre a equipa do projeto e as famílias que vieram a participar nos GABC.
À semelhança da experiência internacional documentada, a experiência vivida em Portugal nos GABC revelou-se também muito positiva tanto para os participantes (crianças e cuidadores), como para as entidades parceiras do projeto e equipa de intervenção (monitores, supervisores e coordenação da implementação).
A experiência–piloto terminou em fevereiro de 2017 e os GABC encontram-se em fase de disseminação.

Síntese do Relatório da implementação do Projeto-Piloto

A implementação desta experiência foi da responsabilidade da Fundação Bissaya Barreto e da Direção-Geral da Educação que entrevistaram, selecionaram e formaram a equipa que coordenou a implementação. A equipa de coordenação:

A Equipa de coordenação da implementação:
Lúcia Santos e Joana Freitas Luís – FBB
Liliana Marques – DGE
Joana Moura – supervisora do distrito do Porto
Sandra Loureiro – supervisora do distrito de Aveiro
Sara Fernandes – supervisora do distrito de Coimbra
Sónia Azevedo – supervisora do distrito de Lisboa
Vânia Fardilha - supervisora do distrito de Setúbal

O papel das supervisoras:
• Promover espaço e tempo para reflexão em cada equipa e entre as equipas
• Identificar necessidades e realizar formação em contexto
• Recolher informação e documentar os processos
• Apoiar as monitoras:
• na organização do espaço e dos materiais
• no estabelecimento e manutenção de interações positivas e na criação de um
ambiente de qualidade
• na identificação das necessidades do grupo
• na planificação, estruturação e implementação das sessões
• na recolha e documentação das experiências

O perfil de monitoras/es:
• Habilitação mínima de 12.º ano;
• Boas competências de comunicação;
• Respeito e empatia com crianças e adultos;
• Conhecimento da comunidade local;
• Disponibilidade para fazer formação prévia ao exercício da função e durante o
exercício da função de monitor;
• Formação no âmbito do Programa Escolhas (item valorizado).

A importância da formação:

• Promover a adequação, atualização e aperfeiçoamento de competências;
• Formar monitores capazes de:
• Dinamizar grupos de pessoas diferenciados
• Intervir nas problemáticas e comportamentos emergentes, numa interação
positiva, empática e flexível;
• Otimizar o desenvolvimento da relação cuidador-criança;
• Promover a mudança.